A partir deste momento o esporte passou a ser candidato a
participar como esporte de demonstração no Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004,
cuja a confirmação foi dada na 111ª Sessão do Comitê.
A Causa
Na época o karate mundial estava dividido entre WUKO e ITKF.
Na tentativa de unir e fortalecer o karate, além de adaptar-se as exigências do
COI, a WUKO tornou-se WKF e tentou unisse a ITKF, mais infelizmente desistiram
da proposta e com isso, o sonho olímpico foi adiado mais uma vez.
Devido os embates políticos, somente em março de 1999 o COI
confirmou o reconhecimento em caráter definitivo da WKF como a federação
dirigente mundial da modalidade Karate.
A criação da WKF teve como objetivo adaptar-se as exigências
do COI e unir o Karate mundial, que na época estava dividido entre WUKO
(Olímpico) e ITKF (Tradicional).
Do inicio até o reconhecimento
De acordo com a CBK,
“Devido a popularidade global do karate como esporte, a formação de uma
federação internacional de karate tornou-se necessária. Em 1970, a União
Mundial das Organizações de Karate (WUKO) foi criada. Desde então, todos os
esforços têm sido feitos para incluir o karate nos Jogos Olímpicos – o maior
símbolo das realizações do homem no campo desportivo. No dia 06 de junho de
1985, a WUKO foi oficialmente reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional
(COI). Em 1993, na Argélia, para adaptar-se às regras do Comitê Olímpico
Internacional, a Federation Mondiale de Karate (FMK), também conhecida como
World Karate Federation (WKF), absorveu a antiga WUKO, fato este que trouxe um
desenvolvimento direcionado à promoção do karate mundial. No dia 18 de março de
1999 o COI em sua 109º sessão (Seul) (certificado do COI) confirmou o
reconhecimento em caráter definitivo da FMK/WKF, de acordo com o artigo 29 da
carta Olímpica, como a federação mundial dirigente da modalidade karate. Em
2016 a modalidade, através da representatividade da WKF foi inserida no programa
dos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020.”
De acordo com Frosi e Mazo (2011), na década de 90, com
muitas mudanças na gestão organizacional do karate, “sendo que até 1996 havia duas federações internacionais, a União
Mundial das Organizações de Karatê (WUKO) e a Federação Internacional de Karatê
Tradicional (ITKF), com poder e representatividade equiparadas. Isto trazia
problemas para que esta prática esportiva fosse reconhecida pelo Comitê
Olímpico Internacional (COI) como esporte olímpico, o que repercutia também nos
países no que diz respeito à difusão do Karatê.”
Em entrevista ao site da Revista Budô o Sensei Nishiyama (2020)
conta que as imposições do COI levaram o surgimento da ITKF.
Para fazer parte do COI, era exigido algumas alterações nas
regras de competição. Por conta disso, o Sensei Nishiyama foi inflexível em não
abrir mão da verdadeira técnica e espirito do karate. E a partir daquele momento,
nascia o karate tradicional. A IAKF foi renomeada em 1985 e passou a ser
denominada International Traditional Karate Federation (ITKF).
Enquanto isso, a WUKO aceitou as exigências, surgindo assim
a WKF e o karate esportivo.
Condições básicas para o karate ser aceito no COI
O COI estabeleceu dois parâmetros para a aceitação
de um esporte como olímpico: ser praticado em muitos países (membros); ser
representado por uma entidade mundialmente reconhecida que atue no
desenvolvimento das modalidades esportivas sob sua responsabilidade; e que
tenha adotado o Código Mundial Antidopagem.
Em 2016, o Comitê Olímpico Internacional
- COI aprovou o Karate como modalidade olímpica para os
jogos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.
O karate torna-se olímpico
A partir da influência do COI sobre o Karatê, começaram a
ocorrer diversas mudanças nas regras de competição, que foram tornando-o menos
violento e possibilitando a diminuição do número de lesões, e também da
gravidade das mesmas, nas competições e treinamentos.
“Além da intenção de incluir o karate nos Jogos Olímpicos, o objetivo da WKF é de unificar todas as organizações que pratiquem karate, como esporte ou como uma arte tradicional, além de lutar também para promover ligações dentro de um espírito de amizade entre os karatecas do mundo.”
Fonte:
FROSI, Tiago Oviedo; MAZO, Janice Zarpellon. Repensando
a história do Karate contada no Brasil. Rev. bras. educ. fís. esporte 25
(2) • Jun 2011. Disponível:
https://doi.org/10.1590/S1807-55092011000200011 . Acesso em 14.07.2024
https://www.wkf.net/thebook/
https://revistabudo.com.br/karate-tradicional-do-sonho-de-mestre-nishiyama-a-consolidacao-da-itkf/