No karate a palavra kata de origem japonesa pode ser traduzida como forma e estar presente em diversas artes marciais japonesas. Os kata teve sua origem na China e Okinawa
Passada de forma verbal (oral) e secretamente, os kata foram
aperfeiçoados para facilitar o aprendizado dos alunos nas escolas primárias e
secundárias.
Frequentemente conceituado como, sequência definida de
movimentos de ataques e defesas em diferentes direções imaginando sempre uma
luta contra diversos inimigos.
Para alguns caratecas a prática do kata tem como objetivo
ganhar competições para outros é uma questão de conhecimento e aprimoramento
das técnicas, para outros é saber o maior número de kata ou não veem finalidade
no treino, mas o objetivo de treinar é muito mais profundo do que isso.
Cada kata representa dez mil cenários possíveis de defesa
pessoal e a junção e a prática destas técnicas podem levar a benefícios físicos
e espirituais.
O kata não é apenas uma luta imaginária. O kata possuem
objetivos e aplicações, e eles reúnem diversas técnicas. “Assim, cada kata é
uma tradição única com princípios, estratégias e aplicações distintas.” (in Bubishi, Patrick Mc Carthy, 1995) O kata também ajuda a melhorar a circulação
sanguínea e a eficiência respiratória, estimular a energia ki, fortalece os
músculos, fortalece os ossos e tendões e massajear os órgãos internos.
Incluindo oxigenação do sangue. Também ajuda na coordenação, ritmo e
equilíbrio.
É essencial conhecer o significado e a aplicação de cada
técnica e consequentemente de cada kata.
“De acordo com Kenwa Mabuni, o estudante ignorando o kata e praticando apenas kumite, nunca irá
progredir no karate-do e nem irá entender o seu significado.”
Yoshitaka Funakoshi
dizia que quando fazia um kata tinha s sensação especial e uma impressão de
perigo iminente. Para ele é assim que se faz os kata.
Então conclui-se que a prática de kata deve ser constante e
séria, que é de extrema importância para a defesa pessoal e que a forma de
executá-la deve transmitir toda energia de quem faz.
Atualmente a prática do kata na maioria das academias é
banalizada, sendo feito sem emoção, sem concentração completa e seriedade.
O que é kata?
De acordo com Nakayama (2001), “Os kata são praticados com a finalidade de aprender técnicas de ataque
e defesa, e movimentos corporais; nesta forma de prática, o adversário existe
apenas no olho da mente.”
De acordo com Taiji Kase, 9º Dan de Karate-Dô Shotokan “Os que observam a execução de um kata devem
sentir e notar algo que provêm das vibrações da nossa força interior e
determinação. Se os que observam não sentem nada, o kata não está a ser bem
realizado, é como uma ginástica”.
Para o Mestre Ivo Rangel, o kata “são combinações de movimentos de ataque e defesa previamente
estabelecidas em deslocamentos para a frente, lados ou para trás, com o
objetivo de desenvolver a coordenação motora, estética, postural e a agilidade.
Espiritualmente esses treinamentos objetivam, em primeiro lugar a cortesia,
representada pela mesura que o karateista efetua quando inicia e finaliza o
kata, mesmo estando treinando sozinho, como uma forma de respeito que o cultor do
karate, tem para consigo próprio, para com o ato que está a realizar, para com
a roupa que está a vestir – karate gi e para com local onde está treinando.”
Ainda para o Mestre Ivo Rangel, o treinamento espiritual do kata
para o karateca deve ser executado idealizando uma luta imaginaria e o executor
do kata deve demonstrar coragem e confiança, mas também polidez e humildade.
O kata ainda pode ser conceituado como “método ritualizado através do qual os segredos da defesa pessoal são
transmitidos de geração e geração.”
Para a professora Van
Pires, o kata quando praticado de corpo e alma torna-se um hábito natural, trazendo grandes benefícios, principalmente ganho de confiança. A prática te dá
uma visão mais ampla do ambiente, te preparando para qualquer situação que
possa ocorrer. Quanto mais praticamos mais desenvolvemos as técnicas de ataque
e defesa
Lista dos kata
Referência
in Bubishi, Patrick Mc Carthy, 1995
Nakayama, M. O Melhor do Karate – visão abrangente – práticas, vol.1, Ed. Cultrix, 2001.