As traduções deste antigo kata chinês são múltiplas, além de ser difícil de achar material falando sobre este assunto.
Conhecido como Seinchin, Seienchin, Seiyunchin, Seiunchin,
Seiyonchin ou Seianchin no dialeto de Okinawa. A pronúncia correta deste kata
no dialeto de Fujian é Chainchin.
Existem vários kanji representando Seiyunchin, visto que,
como muitos outros katas, seus kanji foram representados por certos autores e
pesquisadores sem uma compreensão clara de sua origem e significado, com base
em sua pronúncia fonética.
Seiyunchin e um kata pelo qual se aprende a adquire energia
móvel, onde pode se adaptar à mudança de situação no combate.
Significado do nome
Dentre as várias traduções e interpretações possíveis,
estão:
Controlar e puxar
Controlar e suprimir a batalha.
Controle e puxada em batalha
Batalha de controle e puxada
Controle sobre o oponente enquanto se puxa para uma situação
de batalha.
Puxar para dentro e combater
Alguns praticantes do estilo Goju-ryu entendem que o nome
"Seiyunchin" também pode ser interpretado como "calmaria na
tempestade", referindo-se à necessidade de manter a calma e a concentração
durante uma luta intensa, mesmo quando a situação parece caótica.
Para entender melhor o significado do termo Seiyunchin,
confira abaixo uma explicação mais detalhada:
Sei (制): "controlar", "suprimir", ou
"apoderar-se".
Yun (引): "puxar" ou "atrair".
Chin (戦): "batalha" ou "guerra".
Em mandarim (Sui yiun jin), significa "Seguir",
"Mover", "Pegar".
Origem do kata
A origem de Seiyunchin pode estar no sistema interno de
Wu-shu, Hsing-I. (Hsing I é uma das três artes taoístas internas, as outras
duas são Ba Gau e Tai Chi.) A tradução de Seiyunchin ao longo do tempo foi
perdida, mas muitos karatekas de Goju-ryu se referem a ela como "Marchando
silenciosamente".
Característica técnicas deste kata
O nome Seiyunchin implica o uso de técnicas para
desequilibrar, projetar e agarrar.
Caracterizado pela respiração e movimentos lentos com
muchimi. Este kata da ênfase as posições fortes e estáveis e existem muitas
técnicas de puxar e atacar. Esta forma complexa não possui nenhum golpe de
perna e a maioria das técnicas de mãos são executadas na base shiko dachi, o
que permite uma maior eficácia nas técnicas de mão.
Um dos principais objetivos deste kata é desenvolver uma
postura forte e estável. Sem uma postura forte, é difícil desenvolver potência
total nas técnicas. Como um kata avançado, embora o Seiyunchin seja isento de
chutes, pode-se notar que trabalha bastante o shiko dachi e suri ashi, além de incorporar
golpes como o punho traseiro (uraken) e o cotovelo (hiji ate ou enpi). Junto
com o Seisan, o Seiyunchin é o outro Kaishu de treinamento do Meibukan
Goju-ryu, adequado para homens e mulheres de estatura baixa e com menor força
física.
As técnicas são executadas com a outra mão, usada como
reforço ou reforço. Dentro do kata, existem muitas técnicas de puxar, arremesso
para combate corpo a corpo, luta agarrada, rasteira, queda e projeções, imobilizações
Este kata possui 46 kyodos é praticado pelos estilos
goju-ryu, shito-ryu, isshin-ryu, shorei-ryu, kyokushin
Mencionado como um dos 2 kata de treinamento do goju ryu
(junto com seisan) por Meitoku Yagi, Seienchin é ensinado como kata da faixa
marrom em muitas organizações do estilo goju ryu.
Saifa é o terceiro kata dos oito shiteigata do estilo
Goju-Ryu de Karate. O nome pode ser grafado com dois grupos de ideogramas
(kanji), que transmitem significados como “Destruir e Esmagar” ou “Destruição
Extrema”. O termo utiliza o mesmo kanji chinês para "sai" encontrado
no kata Gekisai. O segundo kanji, fa, pode ser traduzido como “rasgar” ou
“romper”, o que justifica a tradução comum do nome como "Esmagar e Rasgar". Sua pronúncia varia: “Sui-po” em
mandarim, “Sai-fa” no dialeto de Okinawa e “Sai-ha” em japonês.
Dentre os kata kaishu do Goju-Ryu que foram transmitidos, Saifa
é o único que aparentemente manteve sua pronúncia original no dialeto de Fujian,
na China. Em Fuzhou, o sistema Shaolin do Sul possui uma linhagem conhecida
como Boxe do Leão (Shishi Kenpo, em japonês), que inclui estilos como Forma do
Leão, Leão Dourado e outros. Vários elementos desse sistema estão presentes no
kata Saifa, como o golpe duplo Hiraken e o Mawashi Uke.
De acordo com Kinjo e Tokashiki, o Hiraken duplo simboliza o
ataque e o puxão com as patas dianteiras de um leão ao abater sua presa. Já o Mawashi
Uke, comumente associado à “boca do tigre”, também pode ser interpretado como a
"boca do leão". As muitas ações de pisada presentes em Saifa evocam
os passos potentes da fera em combate.
Origem do Kata
De origem chinesa, Saifa teria sido trazido para Okinawa por
Kanryo Higaonna, que aprendeu com seu mestre Ryu Ryu Ko (Xie Zhongxiang),
durante seu período de estudos em Fuzhou (1863–1881). No entanto, a escola de
Juhatsu Kyoda — um dos principais discípulos de Higaonna — aponta que apenas
quatro kata foram transmitidos por ele: Sanchin, Sanseiru, Seisan e Suparinpei
(Pechurin).
Assim, é possível que Chojun Miyagi tenha aprendido Saifa
posteriormente em suas próprias viagens à China, ou talvez o tenha desenvolvido
com base em técnicas chinesas e de Okinawa. Algumas fontes sustentam que Saifa
possui raízes diretas nos sistemas do Leão de Fujian, sendo que o kanji
original pode também significar "Lei do Leão", pronunciado como “Saifa”
no dialeto Hokkien Amoy ou “Shifa” em mandarim.
Características
Técnicas e Aplicações
Saifa é o primeiro kata kaishu avançado — ou seja, um kata
de "mão aberta" com caráter combativo — ensinado no Goju-Ryu. Seu
objetivo principal é o desenvolvimento do tai sabaki (movimentação corporal) e
do equilíbrio. Os ataques são executados com movimentos circulares e soltos nas
articulações do punho, cotovelo e ombro, como chicotadas impulsionadas pela
rotação do quadril, o que amplia a velocidade e a potência dos golpes, em
conjunto com movimentos suaves e duros dos braços.
O kata incorpora:
ØMovimentos rápidos;
ØGolpes com o dorso do punho e punhos em martelo;
ØChutes com o joelho e na virilha;
ØPosturas leves como Neko Ashi Dachi e Sagi Ashi
Dachi combinadas com posturas firmes do shiko dachi;
ØA mesma mão que ataca pode defender e vice-versa;
ØAtaques laterais para executar este kata.
Além disso, as técnicas de golpe (uchi) são circulares e,
embora executadas de forma solta, concentram toda a força no momento do impacto
(kime), com contração nas articulações e músculos para maximizar o efeito.
A partir da análise do bunkai (aplicações práticas), Saifa
pode ser interpretado como um conjunto de técnicas de agarrar, rasgar e romper
em combates corpo a corpo.
Este kata possui 25 kyodos.
Contexto
Histórico
Independente da tradução dos kanji, os significados
convergem para a mesma essência: golpes decisivos e devastadores,
frequentemente duplos (usando ambas as mãos), com foco em esmagamento e
finalizações. Trata-se de um dos kata com aplicações mais agressivas do Karate-Dō,
refletindo o contexto histórico de sua criação: os períodos de conflito entre
os reinos de Ryūkyū, em que o porte de armas era proibido até mesmo pela classe
guerreira, o que exigia técnicas letais de combate desarmado.
Esse aspecto é fundamental para compreender o conceito de kata
no Karate-Dō, que representa confrontos múltiplos e situações de guerra, diferente
de outras artes marciais como o Aikidō, Kendō ou Judō, cujos kata simulam
duelos com um único oponente.
O segundo kata "heishu" do estilo Goju Ryu, foi desenvolvido
pelo sensei Chojun Miyagi, este kata é baseado no kata chinês Rokkishu, do
estilo garça branca. Rokkishu significa seis mãos, denota as diferentes
posições das mãos neste kata.
Tensho é derivado de uma forma chinesa mais suave de Sanchin.
Foi criado para complementar o kata Sanchin “o irmão suave”. o kata Sanchin e Tensho “andam
juntos” de certa forma.
O termo "heishu" se traduz como
"fechado". Como em todos os aspectos do Karatê de Okinawa, há mais de
uma definição. Primeiro, "heishu" pode se referir à contração
muscular e ao estilo de respiração (ibuki) exclusivo de Sanchin e Tensho.
Segundo, pode implicar a restrição e a direção específica de energias dentro
dos caminhos de energia do corpo, tanto superficiais quanto profundos. Os
outros 10 kata são chamados de "kaishu" ou "abertos", pois
são livres de contração muscular constante e a respiração é "normal".
Ao contrário do Sanshin, o qual é praticamente idêntico à
forma chinesa. Tensho é unicamente okinawense. Da sua compreensão dos kata Goju
ryu e da natureza do Homem, Miyagi Sensei desenvolveu este kata para completar
o seu estilo. Tensho possui muitos princípios do Sanshin, mas vai mais à frente
por incluir mais conceitos intrincados das técnicas de Goju ryu. Estes
conceitos estão presentes expressamente no kakie, o qual no treino avançado
toma vida no bunkai dos kata de goju ryu.
Sobre a tradução do
kata
Tensho significa palmas giratórias / mãos circulares / mãos
que giram
Ten significa rodar e Sho significa mão aberta.
Sobre o kata Tensho
Tensho (転掌) é a concentração em pontos
inconstantes ao se executar os movimentos de mãos suaves. Este kata combina
movimentos tenso e dinâmicos, com uma respiração profunda e movimentos de mão
suaves e fluidos, concentrando sua energia no hara. Com técnicas fluidas,
sofisticadas e poderosas e utilizando o sanchin dachi como sua principal base,
o kata tensho enfatiza principalmente a respiração.
Lembre-se de quando estiver praticando este kata deve estar
relaxado, pois precisa ser capaz de se mover e mudar de posição quando for
necessário
Este kata possui 34 kyodo.
Diferença entre o
Tensho e Sanshin
A diferença mais notável entre Sanchin e Tensho é que a
respiração é explicitamente diferente da de Sanchin. A respiração de Tensho não
é "dura" e externa como Sanchin. A respiração é internalizada
distintamente diferente e para os não educados parecerá ser a mesma de Sanchin.
No karate a palavra kata de origem japonesa pode ser
traduzida como forma e estar presente em diversas artes marciais japonesas. Os
kata teve sua origem na China e Okinawa
Passada de forma verbal (oral) e secretamente, os kata foram
aperfeiçoados para facilitar o aprendizado dos alunos nas escolas primárias e
secundárias.
Frequentemente conceituado como, sequência definida de
movimentos de ataques e defesas em diferentes direções imaginando sempre uma
luta contra diversos inimigos.
Para alguns caratecas a prática do kata tem como objetivo
ganhar competições para outros é uma questão de conhecimento e aprimoramento
das técnicas, para outros é saber o maior número de kata ou não veem finalidade
no treino, mas o objetivo de treinar é muito mais profundo do que isso.
Cada kata representa dez mil cenários possíveis de defesa
pessoal e a junção e a prática destas técnicas podem levar a benefícios físicos
e espirituais.
O kata não é apenas uma luta imaginária. O kata possuem
objetivos e aplicações, e eles reúnem diversas técnicas. “Assim, cada kata é
uma tradição única com princípios, estratégias e aplicações distintas.” (in Bubishi, Patrick Mc Carthy, 1995) O kata também ajuda a melhorar a circulação
sanguínea e a eficiência respiratória, estimular a energia ki, fortalece os
músculos, fortalece os ossos e tendões e massajear os órgãos internos.
Incluindo oxigenação do sangue. Também ajuda na coordenação, ritmo e
equilíbrio.
É essencial conhecer o significado e a aplicação de cada
técnica e consequentemente de cada kata.
“De acordo com Kenwa Mabuni, o estudante ignorando o kata e praticando apenas kumite, nunca irá
progredir no karate-do e nem irá entender o seu significado.”
Yoshitaka Funakoshi
dizia que quando fazia um kata tinha s sensação especial e uma impressão de
perigo iminente. Para ele é assim que se faz os kata.
Então conclui-se que a prática de kata deve ser constante e
séria, que é de extrema importância para a defesa pessoal e que a forma de
executá-la deve transmitir toda energia de quem faz.
Atualmente a prática do kata na maioria das academias é
banalizada, sendo feito sem emoção, sem concentração completa e seriedade.
O que é kata?
De acordo com Nakayama (2001), “Os kata são praticados com a finalidade de aprender técnicas de ataque
e defesa, e movimentos corporais; nesta forma de prática, o adversário existe
apenas no olho da mente.”
De acordo com Taiji Kase, 9º Dan de Karate-Dô Shotokan “Os que observam a execução de um kata devem
sentir e notar algo que provêm das vibrações da nossa força interior e
determinação. Se os que observam não sentem nada, o kata não está a ser bem
realizado, é como uma ginástica”.
Para o Mestre Ivo Rangel, o kata “são combinações de movimentos de ataque e defesa previamente
estabelecidas em deslocamentos para a frente, lados ou para trás, com o
objetivo de desenvolver a coordenação motora, estética, postural e a agilidade.
Espiritualmente esses treinamentos objetivam, em primeiro lugar a cortesia,
representada pela mesura que o karateista efetua quando inicia e finaliza o
kata, mesmo estando treinando sozinho, como uma forma de respeito que o cultor do
karate, tem para consigo próprio, para com o ato que está a realizar, para com
a roupa que está a vestir – karate gi e para com local onde está treinando.”
Ainda para o Mestre Ivo Rangel, o treinamento espiritual do kata
para o karateca deve ser executado idealizando uma luta imaginaria e o executor
do kata deve demonstrar coragem e confiança, mas também polidez e humildade.
O kata ainda pode ser conceituado como “método ritualizado através do qual os segredos da defesa pessoal são
transmitidos de geração e geração.”
Para a professora Van
Pires, o kata quando praticado de corpo e alma torna-se um hábito natural, trazendo grandes benefícios, principalmente ganho de confiança. A prática te dá
uma visão mais ampla do ambiente, te preparando para qualquer situação que
possa ocorrer. Quanto mais praticamos mais desenvolvemos as técnicas de ataque
e defesa
Considerado a base para todos os outros kata. Este kata
é o mais importante a ser dominado pelo estilo Goju Ryu. É uma espécie
de meditação em movimento, cujo propósito é oferecer uma maneira de
resolver os conflitos entre a mente, o corpo e o espírito e unificar.
Sanchin é um kata básico, mas difícil de ser executado, cujo
o objetivo é coordenar a respiração com o movimento, mantendo a estrutura
correta do corpo.
Criado possivelmente em 1883, é um kata típico do estilo
goju-ryu, mas comum a todos os estilos duros e antigos de Naha-te da ilha de
Okinawa, como uechi-ryu, isshin ryu, ryuei ryu, shito-ryu, shorin-ryu ou o
shorei-ryu. Sua origem, contudo, pode ser do Sul da China, na região de Fukien.
Este kata também é praticado pelo estilo Kyokushin.
O mestre Higaonna já praticava uma variante deste kata, que
era executada com as mãos abertas e a respiração era natural e fluída
(praticada pelo estilo Uechi Ryu) e o mestre mudou para mãos fechadas.
Miyagi Sensei após a morte do seu mestre Higaonna, ele fez
uma revisão do kata Sanchin para desenvolver e equilibar o interior, modificando
assim a foma rápida e explosiva com giros de 180º, para a versão mais lenta,
com a tensão total do corpo e a inclusão da respiração profunda ou sonora (ibuki),
principal diferença entre a forma moderna e as chinesas. E o mestre Miyagi o desenvolveu
para equilibrar o interior. Seu desempenho requer um uso diferente de outros músculos,
resultando no desenvolvimentomais simétrico, preservando assim os danos na
parte de tras e em outras áreas do corpo que estão desprotegidos. O embusen
também foi simplificado.
Conta a história que os novos alunos que chegavam para
treinar com Miyagi Sensei, costumava treiná-los por três a cinco anos antes de
apresentá-los ao kata sanchin. Ele os fazia treinar muito duro, e muitos
deles desistiam antes de aprender o kata sanchin. Aqueles que permaneceram
se concentraram quase exclusivamente no kata sanchin por dois anos. O
treinamento de sanchin de Miyagi Sensei era muito duro, e os alunos
frequentemente saíam do treino com hematomas por ele verificar sua postura.
Sobre a tradução do
kata
Significa três batalhas e estar relacionada por uma batalha
interna entre o corpo, a mente e o espirito. Referindo-se a luta para controlar
o corpo quando estiver fadigado. Com a fadiga a mente perdi o foco e assim o
espirito começa a perder o equilíbrio.
San 三 (três) e Chin 戦 (guerra, batalha ou partida).
Kanji: 三戦;
Katakana: サンチン
Sobre o kata Sanchin
Sanchin era originalmente executado com as mãos abertas,
utilizando golpes de ponta dos dedos nukite. Higashionna Sensei sentiu que
mudar das mãos abertas para punhos fechados seria mais adequado para praticantes
de Okinawa que estavam acostumados a golpear com o punho fechado. Duas versões
de Sanchin são praticadas, preservando tanto o sanchin de Higashionna Sensei
quanto a versão ensinada por Miyagi Sensei. O sanchin de Chojun Miyagi preserva
a essência do sanchin do Higashionna.
Trata-se de um Kata poderoso, que trabalha toda a musculatura
corporal, devido à base homônima, sanchin dachi.
As técnicas são executadas muito lentamente e com punhos
fechados para que o aluno domine movimentos precisos, respiração correta,
postura, força interna, concentração, resistência muscular, principalmente contra
golpes e estabilidade da mente e do corpo.
Dada a importância deste Kata nos benefícios para a saúde
humana, uma vez que é executado do inicio ao fim com contração muscular de todo
o corpo, provocando assim o aumento da irrigação sanguínea em todos os vasos e
artérias, este kata tem sido adotado por outros estilos de karate.
Caracteristica entre o sanchin de Higashionna Sensei e
Miyagi Sensei é que na versão de Higashionna Sensei realiza duas voltas e um único
passo para trás. De modo a contornar a falta de passos para trás, Miyagi Sensei
criou uma versão mais curta do kata, em que não existem voltas, mas apresenta
dois passos para trás.
As bases utilizadas são: realizado na base Sanchin dachi
Numero de kyodos: 36
Teste de Sanchin
Shime (三戦締め)
De acordo com o site The Martial Way, “Shime significa: trancar, apertar ou fechar. Esta palavra é usada em
relação à habilidade do praticante de trancar o corpo, apertar e fechar as
áreas de vulnerabilidade.
O teste Shime é um
exercício de duas pessoas, conduzido por um Sensei durante um teste de
exigência. O trabalho da segunda pessoa é auxiliar o aluno que está sendo
testado, a estar ciente e a focar e apertar vários grupos musculares enquanto
se move através do kata. O teste em um aluno novo no kata Sanchin é feito
pressionando e sentindo em vez de batendo. Isso ajuda muito a tornar o aluno
mais consciente e a desenvolver hábitos fortes para o treinamento benéfico de
Sanchin.
A ideia por trás do
teste é ter o praticante, a pessoa sendo testada, colocada sob uma carga, para
ver como sua estrutura está funcionando. A intenção é encontrar os pontos
fracos na estrutura, o objetivo é a descoberta, para que o praticante possa
corrigir uma fraqueza.
O que é considerado um
teste clássico, bater no praticante com um bastão, shinai ou algo assim, é na
verdade uma coisa moderna. Essa forma de teste é incorreta. Deve ser realizada
com tapas e chutes.
Poder gera poder,
quanto mais forte você atinge o praticante, mais intensamente ele responde,
mais poder ele usa para se manter firme. Golpes percussivos forçam o corpo a
uma forma de proteção.”
No estilo goju-ryu
usam-se os seguintes testes:
Palmadas de fracas a
fortes sobre os ombros. Isto verifica se os ombros estão naturais ou ainda
tensos.
Pancadas de fracas a
fortes contra as costas. Isto verifica se tal musculatura está firme. A leve
retenção dos cotovelos também checa se o lutador permanece na postura correta e
empregando toda a energia nos socos e pancadas desferidas.
Verificação das pernas.
De trás, dando palmadas nas laterais dos joelhos, para assegurar se a base está
sólida.
Pressão dos dedos
atrás da nuca. Tem a intenção de ajudar a corrigir a postura.
Verificação da tensão
de pélvis e virilha. Por trás ou pela frente, com uma pancada ascendente. Se o
karateca estiver na base correta, conseguirá bloquear o golpe entre as pernas.
Verificação da
respiração. Com golpes de fracos a fortes no estômago, isto checa se o ibuki
(respiração) está correto.
Verificação da
concentração do lutador. Com o examinador (isto é, quem executa o shime)
desferindo ataques sem um padrão definido, totalmente aleatório, consegue-se
testar se o karateca consegue antecipar os golpes contra si, se ele está focado
na forma de execução e não nos ataques.
Verificação de
postura. Isto é feito segurando-se os pulsos do lutador, que deverá estar com
as mãos abertas, e guiando os golpes enquanto se opõe resistência.
Diferença entre os
estilos
Enquanto no Goju Ryu
desenvolvido por Miyagi Sensei é executado com as mãos fechadas, e usa um
"empurrão" de punho fechado muito forte e tenso. No Uechi-ryu e no
Ryusei, a prática de Sanchin é mais próxima da versão chinesa, com golpes de
lança mais rápidos, mais parecidos com cobras. Kanbun Uechi, fundador do
Uechi Ryu, sentiu que o Sanchin Kata era tão crítico que exigiu que seus alunos
o estudassem por vários anos antes de passar para outros Kata.
Também criado por Chojun Miyagi, para os iniciantes. Este
kata começa a incorporar tai-sabaki e padrões de bloqueio mais suaves
(kake-uke). Introduz neste kata a base neko-ashi dachi e defesas com a mão
aberta. Assim como o kata Gekisai Dai Ichi, este também possui técnicas básicas
de bloqueios e são organizados para serem utilizados com as duas mãos.
Enquanto no Gekisai Dai Ichi sugere uma luta numa distância
maior e com bloqueios com as mãos fechadas (chudan uchi uke), o Gekisai Dai Ni mostra
uma luta a curta distância e inclui defesas mais avançadas com as mãos abertas
(mawashi uke e kake uke). Também mantém as técnicas de ashi barai, os chutes
mae geri e o age empi uchi.
É o primeiro kata de uma série de dois kata tradicional do
Goju Ryu. É considerado kata de fundamento (Kihongata (基本型) ) e é executado
em cerca de 20 linhagens do estilo Goju Ryu.
Miyagi Sensei preocupado com a preservação do karate-do,
criou os kata Gekisai com o objetivo de promover e popularizar o aprendizado do
karate no sistema escolar e o público de Okinawa. O nome deve-se a época da 2º
guerra mundial. Os gekisai kata foram introduzidos no goju ryu por Myagi sensei
por meados de 1940, para dar aos iniciantes nesta arte marcial uma primeira
percepção deste estilo, já que na época só existia kata complexo e difícil de
entender e treinar, como por exemplo, o sanchin e o saifa. Já que estes kata
era o primeiro Kata ensinado no Goju Ryu. O Gekisai Kata, no entanto, é mais
fácil de aprender e executar, e contém técnicas dinâmicas que são mais
atraentes para os jovens.
Esses kata introdutórios ensinam aos alunos os princípios
básicos do Goju-Ryu, com foco na construção de força e no aprendizado de
técnicas fundamentais.
Sobre a tradução do
kata
Geki ( 撃 )significa "atacar" e Sai ( 塞 )significa
"esmagar" e como um composto Dai Ni significa "o segundo"
ou "número dois".
Com isso, o kata Gekisai (kanji: 撃砕; katakana: ゲキサイ)
pode ser traduzido como demolir, destruir.
Sobre o kata Gekisai
Dai Ichi
Gekisai dai ichi é um kata que sugere uma luta a longa
distância e com bloqueios com as mãos fechadas (chudan uchi uke). Possui
técnicas de proteção duras, com combinações de mãos e pés ágeis, incluindo ashi
barai e mae geri.
A depender da linhagem do estilo Goju Ryu, pode ser iniciado
com a postura musubi dachi ou heiko dachi.
É o único kata que finaliza com um golpe avançado para
frente.
Este kata é chamado shinsei no estilo shito ryu e fukyugata
ni no estilo matsubayashi ryu.
Traduzido como “Coroa do Rei", Wankan (王冠) é
composto por dois caracteres: 王 (wan = rei) e 冠 (kan = coroa).
Wankan é o kata mais curto do Estilo Shotokan, com apenas 16
movimentos e apenas um kiai. Este kata pertence
ao grupo de Matsumora e foi adotado pelos estilos Shotokan e Shito-Ryu. Existe
uma grande diferença entre as duas versões.
Existem dois outros nomes dados para este kata. “Shofu”
significa “Vento no Pinheiro” e “Hito” significa “Ondas no Ar”. Cada uma
das duas palavras contém um componente do pseudônimo de Funakoshi “Shoto”, que
significa “Ondas do Pinheiro”.
“Shofu” também pode ser pronunciado “Matsukaze” que é
conhecido em algumas escolas de karatê.
De acordo com alguns autores, o nome do kata foi, a
princípio, tirado das três primeiras técnicas. Os movimentos 1 e 2, quando
vistos diretamente de frente, formam os dois diademas laterais de uma coroa.
Observe a postura dos braços realizando o Kakiwake Uke. O terceiro movimento
cria a peça central da coroa. Para outros autores o nome Wankan recebeu este
nome por causa dos primeiros seis movimentos do kata formando uma coroa.
História
Não se sabe muito sobre a
história deste kata. Origina-se da escola Tomari-te e no karatê moderno é
praticado nos estilos, como Shorin-ryu, Shotokan, Genseiryu e Matsubayashi-ryu.
No japonês padrão, "Wankan" seria pronunciado
"Ohkan". No entanto, a pronúncia "Wan" foi
transportada para o Japão a partir do dialeto de Okinawa.
Wankan era o kata preferido do mestre Shoshin
Nagamine, fundador da escola Matsubayashi-ryu, do estilo Shorin-ryu.
Uma das explicações sobre o kata é que provavelmente
Yoshitaka Funakoshi, filho de Gichin Funakoshi, trouxe o kata para o Shotokan,
assim como fez com vários outros kata avançados. Porém com a morte prematura
dele, talvez não tenha conseguido ensinar o kata completo.
Na JKA, este kata foi adicionado tardiamente, mas
simplesmente não recebeu tanta atenção quanto seus predecessores. A JKA incluiu
o Wankan em sua série modernizada de livros intitulada Karate-Dô Kata.
O Kata
Wankan é um kata muito mais complexo do que parece à
primeira vista. No geral, é um kata muito fluido e de baixo impacto, tendo
alguns bunkai muito intrigantes. Não é um kata de exame ou torneio muito
popular.
"O kata Wankan começa com kokutsu dachi chudan kakiwake uke e
tem alguns movimentos únicos, como a transição, em um mawate (giro 180
graus), de zenkutsu dachi para neko ashi dachi koko sukui uke no 9º movimento."
O kata é composto por 16 kyodos e um único kiai dado no
movimento 16º.
As bases utilizadas neste kata são: zenkutsu dachi, kokutsu
dachi, kiba-dachi, Neko ashi dachi, fudo dachi.
Chinte (珍手) pode ser traduzido como “Mãos estranhas” ou "Mãos
Raras" ou "Mãos Incomuns". É um kata praticado no estilo Shotokan e
no Shito-Ryu.
Rotulado como um “kata feminino” o Chinte é um kata de
técnicas de defesa pessoal a curta distância; e é praticado mais por
mulheres por ter técnicas muito eficazes que não requer muita força. O kata
oferece várias defesas que são mais adequadas para pessoas de baixa estatura. Outra
característica são as técnicas circulares, diferentes dos outros kata do estilo
Shotokan que são movimentos lineares.
História
O kata Chinte tenha se originado de uma dança folclórica de
Okinawa, isso porque está repleto de técnicas e movimentos que podem ser indicativos
desta dança. Há um boato de que o kata Chinte vem de uma dança que descreve
para as jovens as coisas que elas terão que saber para sobreviver no mundo.
Dizem que esta dança foi copiada por especialistas em karate
e modificado com técnicas de defesa pessoal. O que deve ser uma das causas de ser executado
por mulheres e não por homens.
O kata tem origem na escola Shuri-Te em Okinawa.
O Kata
O kata como um todo tem uma sequência de movimentos que
começa com tranquilidade, torna-se vigorosa e termina na calma.
Há muito a aprender com este kata. Um ponto é o domínio da
técnica de socar usando a força gerada pela pressão do pé de trás contra o
chão. Depois de bloquear na postura imóvel, o joelho do pé de trás é levado à
frente para assumir a postura avançada.
Outro ponto é o tate zuki, raramente visto nos treinos
básicos de karate, embora seja comum nas artes marciais chinesas. Há também
técnicas para atacar os olhos com a mão em ponta de lança de dois dedos. Essa é
uma técnica de autodefesa eficaz para mulheres que têm pouca força muscular e
baixa estatura.
O último movimento exige a sensação de força na calma, de
ondas se afastando calmamente depois de se arremessarem contra a praia.
“Ao praticar Chinte, deve-se sentir como as ondas do mar,
começando na calma, depois vazando e fluindo com a mudança dos ventos para se
tornar uma tempestade e, finalmente, com os últimos três saltos, como a maré
baixa após a tempestade, trazendo tudo de volta à tranquilidade. A prática
deste kata ensina o aluno a ser fluido, ajustar-se ao oponente em vez de se
opor rigidamente à força, mas ser capaz de colidir com o adversário com a devastação
de um maremoto.”
Sobre o salto para
trás
Existem diferentes interpretações em relação aos últimos
três saltos (yori-ashi) para trás no final do kata:
Alguns acreditam que os três movimentos finais, uma série de
saltos para trás, foram adicionados para trazer o kata de volta ao ponto de
partida original para facilitar a competição, porque não estão presentes nas
outras versões do kata praticado por outros estilos de Karate japonês. Alternativamente,
pode ser que os movimentos finais tenham sido abandonados por outros estilos
porque seu significado foi perdido.
As últimas três técnicas do kata são consideradas simbólicas
de uma jovem esposa se curvando e se afastando de seu marido zangado,
permitindo que ele faça o que quer, ou pelo menos pense que está fazendo o que
quer quando na verdade ele foi totalmente manipulada e agora fará o que quiser.
Mas a verdade parece ser que, em algum momento, alguém
adicionou os três saltos ao kata para trazê-lo de volta ao ponto de
partida. Outros estilos que praticam este kata "Chinte" não
possuem os saltos, e simplesmente deixam o kata finalizado em um local
diferente.
Chinte é um kata único por utilizar técnicas como Hasami
Zuki, Nihon Nukite, Nakadaka Ippon–ken, Teisho, Shuto entre outras técnicas que
ajudam a dar ao “Chinte” o seu nome: “Mãos Incomuns” ou “Mãos Estranhas”. Essas
e outras técnicas são muito eficazes se usadas corretamente nas áreas vitais. As
técnicas circulares ou angulares, exigem sutileza e precisão, não força bruta.
É evidente que o kata “Chinte” é incomum, estranho e
surpreendente na ampla variedade de técnicas que o acompanham.
O kata é composto por 33 kyodos. O 1º kiai é dado no
movimento 09º e o segundo no movimento 28º. No livro o Melhor do Karate vol.9,
o kiai é dado nos movimentos 9º e 32º.
As bases utilizadas neste kata são: heisoku dachi, kiba
dachi, fudo dachi, zenkutsu dachi, kokutsu dachi, ashi dachi.
Fonte: NAKAYAMA, M. O Melhor do Karate – Bassai sho, Kanku
sho e Chinte. Vol. 9, The Martial Way, Karate Vancouver
Hangetsu (半月) pode ser traduzido como meia lua, onde “Han” significa
“Metade” e “Getsu” significa “Lua” ou “mês”.
“No curso do seu desenvolvimento, este kata, inicialmente
chamado Seishan ou Seisan, passou a ser conhecido pelo nome de Hangetsu
(meia-lua), devido aos movimentos semicirculares das mãos e dos pés, com os
quais é realizado.”
Este kata pode ser encontrado em outros estilos e com
diversas variações.
História
"Hangetsu" é um kata avançado praticado no karatê
Shotokan e sua origem vem da escola Naha-te de Okinawa. Gichin Funakoshi mudou
o nome do kata para Hangetsu.
A versão mais antiga de Okinawa deste kata é conhecida como
"Seisan" ou "Seishan". "Seisan" significa
"13" e é pronunciado “Jusan” no continente do Japão. Alguns dizem que
o número 13 se refere ao número original de passos do kata, outros acreditam
que se refere ao número de diferentes técnicas encontradas no kata.
O Kata
Hangetsu é um kata único dentro do sistema Shotokan. É um
kata interno, focado no cultivo e liberação da energia ki, ou força interior. O
kata é uma meditação em movimento, com o objetivo de desenvolver o ki.
São características desse kata as técnicas rápidas e lentas
combinando os movimentos de pés e mãos com a respiração, tudo com sincronismo.
Os movimentos dos pés, são sempre em forma de meia lua, sendo seu nome derivado
deste fato. Os movimentos de mãos e pés em forma de arco. Os movimentos dos pés
têm a finalidade de penetrarmos e desequilibra a base do seu adversário. Além
disto, posturalmente as pernas formam em semi-flexão com os joelhos forcando
para dentro. Os movimentos com deslizamento dos pés no Hangetsu são mais
eficazes para ataques de perto.
A postura que é utilizada dentro do kata é a "postura
da meia-lua", batizada em homenagem ao kata: "Hangetsu Dachi."
A maioria dos movimentos lentos do kata são executados com
tensão atípica e contração isométrica. Isso foi pensado para endurecer o corpo
contra um golpe, bem como fortalecer quaisquer técnicas que possam ser
lançadas. A ideia é levar os músculos à contração, de modo que o
relaxamento que se segue naturalmente seja mais dramático. Ensina o valor
da tensão e relaxamento graduais e os padrões respiratórios que os
acompanham. Também oferece uma ferramenta valiosa para reduzir a tensão
nos ombros. Quando você maximiza a tensão muscular e depois relaxa, seu
corpo geralmente fica mais relaxado do que antes de você ficar tenso.
O kata Hangetsu do estilo shotokan possui 41 movimentos
(kyodos). O kiai é dado nos movimentos (kyodo) 11 º e 40º.
As bases utilizadas neste kata são: hachinoji dachi,
hangetsu dachi,kokutsu dachi, ashi dachi, neko ashi dachi.
Fonte: NAKAYAMA, M. O Melhor do Karate – Jitte, Hangetsu,
Empi. Vol. 7, The Martial Way, Karate Vancouver
O nome deste kata é composto por dois kanji (岩鶴). O
primeiro kanji significa "Rocha" e o segundo kanji significa "Garça". Gankaku
pode ser traduzido como “Garça sobre a rocha” ou “Grou sobre a rocha”.
“Supõe-se que este kata esteja relacionado com o kata
“Chinto” praticado em muitos sistemas de Shorei-Ryu em Okinawa. Existem
dois kata “Chinto” diferentes que podemos identificar no sistema de karate de
Okinawa. Um kata Chinto é o kata Shotokan “Gankaku”, e o outro é uma
reminiscência do Gankaku, mas não realmente. Os dois kata são obviamente
versões diferentes um do outro. Hirokazu Kanazawa aprendeu e começou ensinar a outra versão do Chinto sob o nome de “Gankaku-Sho”.”
A característica principal deste kata é a postura em uma só
perna (ashi dachi) mostrando o total equilíbrio em postura defensiva para
lançar-se contra seu inimigo. Este kata representa a garça pousada em uma só
pata em total equilíbrio em uma perna, daí o nome gankaku que significa “o grou
sobre a rocha ou a garça sobre a rocha”
Esta posição trabalha muito o equilíbrio e concentração de
força, além de facilitar a aplicação rápida para chutes laterais.
Atualmente, Chintō é praticado em Wado-ryū, Shūkōkai,
Isshin-ryū, Chitō-ryū, Shōrin-ryū, Shitō-ryū, Shotokan, Gensei-ryū,
Matsubayashi-ryū e Yōshūkai.
História
Diz a lenda que Gankaku foi criado por Sokon Matsumura, que
se inspirou nos ensinamentos de um náufrago chinês hábil na arte do kung fu. Anteriormente
conhecido como Chinto, originário do estilo Shorei. Gankaku é um dos kata
Shotokan mais graciosos. O kata é geralmente traduzido como “Garça em uma
rocha”, referindo-se à postura da garça (tsuru-dachi), quando se deve afundar
em uma perna como se um guindaste estivesse empoleirado, pronto para atacar.
Outros autores contam que o criador deste kata e a data de
origem do kata são desconhecidos, mas diz a lenda que foi ensinado pelo mestre Sokon
Mastsumora e praticado pelo Shotokan e Shito-Ryu. Funakoshi mudou com
sucesso o nome para “Gankaku” não apenas para apresentar um nome em língua
japonesa, mas também para remover as conotações de guerra e batalha que o nome
“Chinto” carrega. Ele também modificou o padrão real de movimento
(Embusen), para um layout mais linear, semelhante aos outros kata Shotokan.
O Kata
"Gankaku" é um kata interessante composto de
técnicas exclusivas dele. “Seu nome atual “Garça sobre a Rocha”, deriva das
posturas muito semelhantes às assumidas pela garça que, apoiada numa só perna,
sobre a rocha, está prestes a lançar-se sobre o inimigo. Nessa posição, o
praticante deve ter a sensação de inibir e subjugar os movimentos do
adversário.
Tendo o yoko keage como seu núcleo especial, esse kata não
se compara a nenhum outro. Ele é apropriado para o praticante dominar o
equilíbrio enquanto se põe sobre uma perna só e simultaneamente contra-ataca
com o chute lateral e com o dorso do punho.”
No Karate Shotokan, não há muitos kata nos quais se espera que
você se equilibre em uma perna, mas “Gankaku” exige essa ação o tempo
todo. Outra característica interessante é o uso de chutes laterais após a
postura de uma perna. A técnica de abertura de “Gankaku” implica bloquear
com ambas as mãos, agarrando ou simplesmente pressionando a técnica de
entrada. O chute de nível duplo de “Kanku-Dai” está em “Gankaku”, mas em
imagem espelhada. A perna direita é a primeira a sair do chão, e não a
esquerda. A prática do “Gankaku” talvez pudesse ser vista como uma ação de
equilíbrio para esta técnica no “Kanku Dai”, mas sua importância é muito mais
do que isso.
O kata gankaku do estilo shotokan possui 42 movimentos
(kyodos). O kiai é dado nos movimentos (kyodo) 28 º e 42º.
As bases utilizadas neste kata são: kosa dachi, ashi dachi, zenkutsu-dachi,
kiba-dachi, kokutsu dachi.
Fonte: NAKAYAMA, M. O Melhor do Karate – Gankaku e Jion.
Vol. 8, The Martial Way, Karate Vancouver
Este kata pertence ao grupo de kata Jitte e Jion, e ao
contrário dos outros dois este kata não é mencionado nos livros O Melhor do
Karate de Nakayama.
O Ji’in (慈蔭) é composto por: 慈 (Ji = Templo) e 陰 (In =
Terreno, chão, pátio). A palavra Ji'in pode ser traduzido como “Terreno do
templo”, ou “Amor e Sombra” quando outros caracteres são usados. É um kata relativamente
simples, mas que precisa de muito estudo. Dizem que Funakoshi chamava este kata
de Shokyo que pode ser traduzido como Sombra do Pinheiro, mas este nome nunca
foi adotado pelos seus alunos.
Era e ainda é um kata pouco praticado e além disso, Funakoshi
ensinou pouco aos seus alunos, é o que diz um dos livros de Kanazawa.
O kata Ji’in não faz parte da lista de kata do estilo
Shotokan da JKA. “Mas organizações como a SKIF – Shotokan Karate-Do
International Federation, criada por Hirokazu Kanazawa, outro discípulo de Funakoshi,
o inclui entre as formas tradicionais.”
“Segundo Funakoshi, seu nome não é escrito em kanji (a
escrita ideogramática-conceitual japonesa), mas em ‘katakana’, um dos
silabários da escrita nipônica, que, assim como o hiragana, é utilizado para
palavras que não possuem kanji. Os katakana são caracteres que não têm valor
conceitual, mas meramente fonético – apenas o som do nome é conhecido. Uma das
traduções fonéticas para o katakana de Ji'in é ‘profundamente comovente’ ou
‘muito emotivo’.”
História
“Existem discordâncias sobre sua origem, alguns estudiosos
creditam a forma ao mestre Anko Itosu (1831 – 1915), que foi professor de
Funakoshi”, que escreveu um artigo datado de 1914, dizendo “que, segundo seu
primeiro professor Mestre Azato, o Ji'in foi ensinado ao mestre de Tomari-Te
Gikei Yamazato (1835-1905) por um chinês que teve sua embarcação naufragada na
costa de Okinawa. Consta que este chinês também ensinou os katas que deram
origem ao Gankaku e ao Jitte a vários mestres de Okinawa.”
“Já o sensei Ryusho Sakagami (1915-1993), acreditava que os
três ‘J’, Jion, Jitte e Ji'in, derivaram de alterações feitas pelo mestre Itosu
de um antigo kata Tomari-Te. Itosu foi o criador de Bassai Sho e Kanku Sho,
versões mais curtas do Bassai Dai e do Kanku Dai.”
Acredita-se que sua origem em Okinawa seja através da escola
Tomari-te pelo mestre Matsumura, embora haja divergências quanto à data de sua
introdução em Okinawa vindo da China, o kata pode ter tido sua origem no estilo
do Grou Branco de Fujian e adaptado para o karate Okinawense.
O kata Ji’in assim como Jitte (Jutte) e Jion são do estilo
Shorei-Ryu. Todos esses kata podem ter sua origem também no Shuri-te.
O Kata
Ji'in, Jion e Jitte formam um grupo de kata usado em vários
estilos de karatê, esses kata tem a mesma característica comum dos outros
dois kata, eles iniciam o kata com a mesma posição da mão esquerda cobrindo a
direita, que tem raízes no boxe chinês antigo.
“Ji'in é conhecido por uma série de movimentos circulares
que introduzem duas técnicas, chudan-shuto-uchi (golpes de mão de
espada de nível médio) e chudan-tetsui-uchi (golpes de punho de
martelo de nível médio). Este kata testará o equilíbrio do aluno, que ele
descobrirá que pode ser melhorado colocando a ênfase adequada na direção
correta do ataque.”
Sua principal característica são os bloqueios duplos
simultaneamente e as várias mudanças de direções.
O kata Ji’in do estilo shotokan possui 35 movimentos
(kyodo). O kiai fica no 11º e 35º movimento (kyodo).
As bases utilizadas neste kata são: heisoku dachi, zenkutsu-dachi,
kiba-dachi, kokutsu dachi.
O nome Jitte ou Jutte ((十手) pode ser traduzido como dez mãos ou dez técnicas. Ju = dez e e Te = mão. Ele sugere que alguém que tenha aprendido este kata é tão eficiente e capaz de defender-se de dez homens de uma só vez. Os movimentos são um tanto mais pesados quando comparados aqueles do estilo shorin. A postura é bastante audaz. Proporcionam um bom condicionamento físico, embora sejam difíceis para iniciantes. Este kata também é originário da região de Tomari.
Ji'in, Jion e Jitte formam um grupo de kata usado em vários estilos de karatê, esses kata tem a mesma característica comum, eles iniciam o kata com a mesma posição da mão esquerda cobrindo a direita, que tem raízes no boxe chinês antigo.
História
Acredita-se que sua origem em Okinawa seja através da escola Tomari-te pelo mestre Matsumura, embora haja divergências quanto à data de sua introdução em Okinawa vindo da China, o kata pode ter tido sua origem no estilo do Grou Branco de Fujian e adaptado para o karate Okinawense.
O kata Jitte (Jutte) assim como Ji’in e Jion são do estilo Shorei-Ryu. Todos esses kata podem ter sua origem também no Shuri-te.
O Kata
Este kata tem como característica técnicas de defesa e contra-ataque contra o bastão, força de impacto e grande potência, além de um espirito inabalável. Este kata utiliza muitas técnicas de mãos abertas e lembra o kata heian sandan, com seus bloqueios poderosos quando cada movimento e executado pelo quadril sobrepõe-se a aplicação com firmeza.
O kata Jitte “ajuda a compreender a importância de se manter certa tensão nas partes laterais do tórax e de se saber controlar essa tensão, por exemplo, ao girar o tronco depois de bloquear, ao derrubar o oponente ou ao agarrar o adversário a força.”
O kata Jitte (Jutte) do estilo shotokan possui 24 movimentos (kyodo). O kiai fica no 13º e 24º movimento (kyodo).
As bases utilizadas neste kata são: heisoku dachi, zenkutsu-dachi, kiba-dachi, kosa-dachi, ashi dachi, kokutsu dachi.
Fonte: O Melhor do Karate – Jitte, Hangetsu, Empi. M.Nakayama vol.07, site The Martial Way
O nome Jion pode ser traduzido como gratidão e piedade. Este
kata do estilo Shotokan tem sua origem no estilo Shorei-ryu, que é baseado no
estilo Shorin-Ryu (Shaolin), um estilo de Okinawa-te originalmente chinês.
De acordo com Nakayama, “Esse kata contem em si a harmonia
perfeita de Buda, e seus movimentos calmos ocultam um espírito forte.”
Jion, Ji'in e Jitte (Jutte) são frequentemente
agrupados. A razão para isso é que Jion, Jitte (Jutte) e Ji'in começam com a mesma
característica (kamae) da mão esquerda cobrindo a direita, que aparentemente
tem raízes no boxe chinês antigo e é chamada de postura "Ming
saudação" (palma sobre o punho). No Karate esta postura é chamada de
“Jiai no Kamae”.
De acordo karatevancouver, “há muitas maneiras diferentes de
escrever a palavra Jion. Alguns deles são apresentados aqui para
consideração como possibilidades.”
1 - 慈恩: “Misericórdia do Amor”
Ji: Amor universal, terno, gentil e amoroso
On: Misericórdia, graça, favor, benevolência ou bondade
Alguns tentam usar isso para amarrar Jion de volta à
China. Mas, há um monte de templos no Japão chamados Jion. Muitos
deles usam a mesma grafia de kanji para seus nomes. Jion como um nome de
templo é muito comum e porque o nome é tão comum, mesmo que Jion tivesse o nome
de um templo, nunca seríamos capazes de descobrir qual.
2 - 寺音: “Som do Templo”
Ji: Templo
On: som
O significado pode ser o som do sino do templo tocando
3 - 寺恩: “Misericórdia do Templo”
Ji: Templo
On: Misericórdia, graça, favor, benevolência ou bondade
Mostrando talvez o conceito histórico de buscar santuário
dentro das paredes de um templo como Musashi fez em Kanchi'in em Kyoto.
Jion é um kata obrigatório em todas as Federações, incluindo
as Organizações de Karate Dô do Japão, e é praticado apenas nos estilos Shotokan
e Wado-Ryu.
História
Existe a crença de que o kata Jion (慈恩) era
de origem chinesa por causa da palavra “Jion”, um termo budista encontrado nos
livros antigos da China. Há alegações de que o nome vem de um templo
chamado Jion-Ji, que literalmente significa “Templo Jion”, onde as artes
marciais eram praticadas. Depois, chegou a Tomari em Okinawa.
O nome Jion foi encontrado várias vezes em documentos chineses
antigos, “e é possível que alguma forma de boxe chinês tenha sido transmitida
por pessoas ligadas a um templo chamado Jion.”
O Kata
Este kata não inclui nenhuma técnica particularmente difícil
e é perfeito para praticar e dominar os movimentos giratórios e de mudança de
direção. Pode-se notar alguns movimentos dos kata heian e tekki.
É um kata considerado simples, porém os movimentos podem ser
executados com força, firmeza e equilíbrio através de sua base pesada.
Talvez o ponto mais importante deste kata seja: os
movimentos de avanço com rotação e giro do corpo executando movimentos simultâneo
de braços e pernas.
O Jion é único entre os kata, e é um dos poucos kata do
karate em que as combinações de bloqueio/contra-ataque são executadas enquanto
avançam nas bases.
Dicas importantes
Esse kata possui diversas
técnicas com execução de técnicas duplas (como manji uke, kakiwake uke,
juji uke, morote uke, e o uchi uke em conjunto com o gedan barai já no
início do kata, entre outras)
No início, ao juntar as
mãos, posicione elas na mesma altura do seu queixo
Preste atenção aos giros
necessários e ao movimento do manji uke, base e posição dos braços
Há uma boa variação entre
movimentos rápidos e lentos durante o kata
Com diversas mudanças de
direção, preste muita atenção ao seu equilíbrio
No final do kata, o yumi
zuki deve ser executado com a posição correta dos braços e mãos, conforme
o vídeo
O segundo KIAI é o único
KIAI de todo o estilo Shotokan com um som prolongado pois é feito em uma
execução de um movimento longo e profundo
O kata Jion do estilo shotokan possui 47 movimentos (kyodo).
O kiai fica no 17º e 47º movimento (kyodo).
As bases utilizadas neste kata são: heisoku dachi, zenkutsu-dachi,
kiba-dachi, kosa-dachi, kokutsu dachi
Fonte: O Melhor do Karate – Gankaku, Jion. M.Nakayama vol.08,
sites karatevancouver, The Martial Way, Karate Faixa Preta