Cultura Oriental

Flor de Cerejeira, Símbolo do Japão



Origem

Na cultura japonesa, a flor de cerejeira (Sakura) é considerada símbolo do Japão, e é cultuada e respeitada como a própria bandeira ou hino nacional.
Existem hoje catalogadas mais de 300 variedades de cerejeiras no Japão. Os cruzamentos e as mutações durante os séculos fizeram com que surgissem centenas de variedades. A chegada no Japão consta que é de vários séculos atrás. Consta que já no século VII o imperador Saga em Kyoto teria promovido nos jardins do Palácio Imperial o Hanami (apreciação das flores).

Origem e ocorrência: Ásia
Nome científico: prunus serrulata
Nome popular: cerejeira-ornamental, cerejeira-do-japão, sakura.
Família: Rosáceas
Porte: até 15 metros
Flores: flores brancas ou róseas e o seu fruto e de cor vermelha, com gosto adocicado. Na época da florada da cerejeira, as pessoas no Japão, (e também em muitas cidades brasileiras) se reúnem nos parques para apreciar a beleza das fores. Que caem em poucos dias.

A Lenda de Sakura

Segundo a lenda, Sakura vem da princesa Konohana Sakuya Hime que teria caído do céu nas proximidades do Monte Fuji, e na queda teria se transformado nesta bela flor. Acredita-se também que esta simbologia teve origem na cultura do arroz,  alimento básico considerado pelos japoneses uma dádiva divina.

Os festejos

No Japão, a florada da cerejeira é um acontecimento nacional. Mais de cem milhões de japoneses aguardam o desabrochar da SAKURA com muita ansiedade. Diariamente os meios de comunicação emitem juntamente com o serviço de meteorologia as localidades de floradas. Nesta época o Japão inteiro entra em festividades para apreciar esta flor tão bela e tão fugaz que dura apenas alguns dias.
Vários outros países como Brasil, Estados Unidos e outros também festejam a florada da cerejeira. Um dos maiores eventos é realizado nos Estados Unidos, Washington National Cherry Blossom, festival com quase 8.000 cerejeiras onde em 1912, foram plantadas as primeiras 3.000 mudas doadas pelo Governo Japonês em comemoração a amizade entre os dois países.
Com a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil em 1908, trouxeram milhares de mudas de várias espécies com o objetivo de amenizar a saudade do país e manter os costumes. Devido ao clima quente, elas somente conseguiram se desenvolver nos locais mais frios, especialmente no sul do país e no estado de São Paulo, e apresentando magníficas florações por ocasião da chegada da Primavera.
Por ser uma iniciativa dos colonos japoneses para a implantação dessa árvore aqui no país, é importante frisar que as cerejeiras estarão sempre ligadas às suas colônias, e que raramente iremos encontrá-las onde não houver um grupo nipônico radicado em um determinado local. Assim, a Festa da Cerejeira representa um momento em que as tradições japonesas são lembradas e mantidas acesas mesmo em terras distantes, quando diversos de seus costumes milenares na forma de dança, música, vestimentas, artes marciais, comidas, origami (dobraduras de papel) dentre tantos outros são vivenciados pela comunidade.
Atualmente, a Festa da Cerejeira é celebrada regularmente em nove localidades diferentes do Brasil: Apucarana no Paraná, Frei Rogério em Santa Catarina, e também nas cidades de Campos do Jordão, Garça, Piedade, São Paulo (bairro de Itaquera), Suzano, São Roque e São Bernardo do Campo no Estado de São Paulo. A festa de Campos do Jordão (SP) é a mais antiga de todas, acontecendo oficialmente desde 1968, e é realizada logo após o término do festival de inverno da cidade.

Associação das Cerejeiras

No Japão em todas as cidades há uma associação de cerejeiras,  onde normalmente o prefeito é o presidente, o que torna a florada um acontecimento nacional. Nesta época, a Nihon Sakura No Kai, considerada a Federação das Cerejeiras, patrocina uma reunião nacional com os presidentes das associações e apresentam as rainhas de cerejeira de várias cidades japonesas. Alguns países também costumam mandar representantes como Estados Unidos, Canadá, Alemanha e outros. O Brasil chegou a mandar representantes através da Associação das Cerejeiras do Brasil por sete anos consecutivos com as suas rainhas.

Fontes:






Conheça um dos símbolos do japão - o torii



O torii é um dos elementos mais reconhecidos quando se fala em Japão. É uma construção típica do xintoísmo, a religião nativa do país, e representa a entrada em território considerado sagrado.
Quando feito de madeira, o torii geralmente é pintado de vermelho – segundo a tradição japonesa, tal cor tem o poder de espantar doenças. Existem torii feitos de pedra, bronze e outros materiais também.
A partir do período Nara (710-794), o budismo ganhou força no Japão, o que teve como consequência a construção de alguns dos maiores templos do país. Ao mesmo tempo, o xintoísmo também evoluiu seus rituais e arquitetura própria.
Exceto em breves períodos de conflito, as duas religiões coexistiram harmoniosamente. Santuários xintoístas eram construídos dentro da área de templos budistas para abrigar a divindade que protege o local.
Um grande exemplo desse sincretismo é o Kane no Torii, localizado próximo da entrada do templo Kinpusenji, na província de Nara. Ele foi feito do bronze que sobrou da confecção da grande estátua do Buda do Todaiji e tem em sua base a flor de lótus, um dos símbolos do budismo.
Em alguns santuários, há grande quantidade de torii enfileirados, podendo chegar a milhares, formando praticamente um longo túnel. Esses torii, geralmente menores (aproximadamente dois metros de altura), são doados por devotos em agradecimento por saúde, prosperidade nos negócios e outros motivos.
O torii também é utilizado como ícone em mapas, indicando onde há santuários xintoístas.
Fonte: http://madeinjapan.uol.com.br/2011/05/24/torii-um-dos-simbolos-do-japao/


CONHEÇA UM POUCO sobre etiqueta japonesa


1. EM CASA

Chinelos e sapatos

Ao entrar em uma casa japonesa, deve-se tirar os sapatos na entrada (genkan) e calçar os chinelos próprios para serem usados dentro de casa (suripa). Ao se entrar em um cômodo coberto com tatamis ( forração de palha prensada coberta com uma esteira de palha de arroz), se tira os chinelos e deixa-os no corredor.

Quartos

Para dormir, as pessoas usam edredons (futon), colocados no chão do cômodo que pode ser usado como sala ou quarto. De manhã, são recolhidos, dobrados e colocados no armário.

Sala de jantar ou sala de estar

Geralmente é usada uma mesa baixa, com almofadas (zabuton) para se sentar, de joelhos, mas poderá esticar as pernas também, embaixo da mesa. Hoje já são bem usadas mesas e cadeiras no estilo ocidental, particularmente nas cidades maiores.

Banheiro

Na maior parte das casas a área sanitária é separada da área de banho. Na área sanitária encontram-se muitas vêzes, principalmente nos prédios mais antigos, bacias turcas (sanitário para uso agachado) ao invés de vasos sanitários. A área de banho geralmente tem uma banheira japonesa para banhos quentes de imersão chamadas de ofurô, além de um chuveiro com ducha.
Deve-se lavar o corpo antes de se entrar na banheira, pois a mesma somente tem a finalidade de banho de imersão para relaxamento, pois a água não é trocada cada vez que é utilizada, sendo usada pela próxima pessoa a se banhar.

2. NA MESA

Ao início da refeição, se diz "itadakimasu"(equivalente ao nosso "bom apetite") e ao terminar dizem "gochiso sama" (equivalente ao nosso "estou satisfeito").
Normalmente não se usa talheres ocidentais, preferindo-se os pauzinhos (ohashi). A tigela de arroz é colocada à esquerda e a de sopa à direita do comensal. Os ohashi são colocados em frente a elas, na horizontal.
Deve-se segurar o ohashi com a mão direita. Como se come segurando as tijelas de  arroz ou sopa, se usa a mão esquerda para esta finalidade. É costume beber a sopa diretamente da tigela auxiliando com o ohashi para comer as partes sólidas da mesma.
Para pratos coletivos, haverá talheres ou ohashi para cada prato.
Em pausas, deverá se deixar o ohashi em cima da tigela na horizontal ou sobre okibashi (descanso de hashi). Não se deve deixá-los cruzados ou espetados.
Diferentemente dos ocidentais, os japoneses quando tomam sopa, costuma fazer ruídos de sucção, como demonstração de polidez à mesa.
Em restaurantes, antes de se servir, é oferecido um oshibori (toalhinha úmida quente para limpar as mãos). É falta de polidez limpar outras partes além da mão como o rosto ou o pescoço.

3. CUMPRIMENTOS E SAUDAÇÕES

O cumprimento é feito através de uma reverência, o grau de inclinação depende da situação do momento e do grau de relação entre as pessoas envolvidas. Os superiores socialmente  se inclinam menos que os inferiores. A relação de superioridade/inferioridade depende também de situações onde se possa estar inferiorizado momentaneamente (por exemplo: pedindo desculpas).

4. FRASES USUAIS


BOM DIA
OHAYÔ GOZAIMASSU

BOA TARDE
KONNICHIWA

BOA NOITE
KONBAN WA

BOA NOITE (AO DESPEDIR-SE)
OYA ASSUMINASSAI

OBRIGADO
ARIGATÔ,  DOMO

MUITO OBRIGADO
DOMO ARIGATÔ

MUITÍSSIMO OBRIGADO
DOMO ARIGATÔ GOZAIMASHITA

DE NADA
(IEE) DOO ITASHIMASHITE

COM LICENÇA (AO CHAMAR ALGUÉM, PEDINDO PASSAGEM)
SUMIMASSEN

COM LICENÇA (AO INTERROMPER)
(CHOTTO) GOMEN KUDASSAI

COM LICENÇA (AO ENTRAR, SAIR)
SHITSUREI SHIMASU

DESCULPE-ME (POR CAUSAR TRANSTÔRNO, DANO ETC...)
GOMEN NASSAI

COMO VAI?
DOO DESSU KA

COMO TEM PASSADO?
GOKIGEN IKAGA DESSU KA


ESTOU BEM, OBRIGADO
GENKI DESSU ARIGATO

PRAZER EM CONHECÊ-LO
HAJIMEMASHITE

PARABÉNS
OMEDETO GOZAIMASSU

JÁ VOU (AO DESPEDIR-SE)
ITTE KIMASSU

VÁ BEM (RESPOSTA PARA QUEM SE DESPEDE)
ITTE IRASHAI

CHEGUEI!
TADAIMA!

BEM VINDO EM CASA!
OKAERI NASSAI

BOA VIAGEM
GOKIGEN YO SAYONARA

ATÉ  JÁ
DEWA MATA

ATÉ LOGO
SAYONARA, BAI BAI

SEJA BEM VINDO
IRASHAIMASSE

ENTRE
OHAIRI NASSAI

SENTE-SE
OKAGUE NASSAI



5. FORMAS DE TRATAMENTO

Ao se dirigir a alguém, deve-se chamá-lo pelo sobrenome, seguido de "san". Somente se usa chamar alguém pelo nome sem o sufixo san nas relações familiares entre irmãos ou amigos íntimos.
Na empresa, quando se trata de superiores, deve-se chamá-lo pelo cargo seguido só sufixo "sama"(sr/sra. honorífico. Exemplo : Sr. Presidente = shatyô-sama. A própria linguagem é diferente quando se dirige a pessoas de nível social inferior ou crianças, mudando-se termos de tratamento, verbos e palavras em geral. Em situações em que se encontramos em situação inferiorizada, perante professores, autoridades, ou pessoas de hierarquia superior usamos o modo honorífico, em situações em que o falante tem uma posição de pedido ou súplica, se usa a forma de modéstia. Estes modos de falar e seus termos podem ser encontrados em livros manuais para estrangeiros, mas a proficiência no uso depende da prática local.


6. DAR PRESENTES / omiage

O sistema de dar presentes no Japão é talvez um dos mais intrincados e difíceis do mundo. Existe uma inteira etiqueta sobre como dar presentes, de que tipo, quando, para quem, o mais apropriado em cada ocasião, quanto deveria custar, forma de embrulhar e em quais circunstâncias os presentes devem ser dados.
Quando se agradece alguém por um convite, retribui-se uma visita e após se fazer uma longa viagem, é comum se dar bolos, biscoitos, frutas etc... embaladas em bonitos papeis. Entretanto quando visitar o escritório de um cliente, possível parceiro de negócios ou mesmo escritórios governamentais o "omiage” deverá ser um pouco mais caro como xícaras ou bandejas laqueadas.
Quando se vem de uma viagem de país estrangeiro se deve trazer pequenos presentes (baratos) típicos do país de procedência como CD's, souvenir etc... embrulhados em papéis locais.
Quando se viaja longas distancias é comum sócios e amigos darem dinheiro e quando se volta se traz presentes típicos do local visitado para todos.
Dar presentes em forma de dinheiro é uma prática comum no Japão em caso de casamentos, funerais e graduações escolares.
Hoje em dia muitos japoneses adotaram a prática ocidental de dar presentes em aniversários, Natal e flores e bombons no Valentine's Day (dia dos namorados).
Quando se presenteia ou se recebe presentes é polido utilizar-se as duas mãos e inclinar-se respeitosamente na troca dos mesmos.


Fonte: http://www.noticiasdobrasil.com.br/etiquetajaponesa.htm

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