segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Karate nas Olimpíadas – O começo do fim. Será!


O terceiro esporte marcial a fazer parte dos Jogos Olímpicos, o karate estreou em Tóquio 2020 em duas categorias kata e kumite. Após anos sonhando em ver e estar nas olimpíadas os karatekas do mundo puderam ver este grande sonho ser realizado. Mas infelizmente pode ser a última vez, por enquanto, que veremos esta modalidade nos Jogos Olímpicos, já que em 2024 o karate não estará presente nos Jogos de Paris e no lugar dele ficará o breakdance. Com isso, os atletas que participaram desta olimpíadas não só lutaram por um lugar mais alto no pódio, mas também mostrar toda a importância e beleza dessa arte marcial.

Os karatekas não vão perder as esperanças de ver novamente o karate nas Olimpíadas e a história mostra que esta situação já aconteceu com outras modalidades, como o tênis que desde a sua estreia em Atenas – 1896, o esporte fez parte do programa até Paris-1924, disputou como demonstração na Cidade do México-1968 e Los Angeles-1984, mas só voltou oficialmente em Seul-1988. O golfe detém o recorde de esporte que mais tempo ficou de fora do programa, ao todo foram 112 anos e só retornou nos Jogos do Rio-2016. O golfe estreou em Paris – 1900. Então não vamos desistir de acreditar que o karate vai voltar aos Jogos Olímpicos.

O karate em Tóquio

Na noite do dia 04 de agosto (05.08 no Japão) deu inicio as competições de kata e kumite no Nippon Budokan. Nesse dia aconteceram as disputas das categorias de kata feminino, kumite feminino -55kg e kumite masculino -67kg.

A primeira a pisa no tatame foi a alemã Jasmin Juettner na modalidade kata. No kata feminino a atleta Sandra Sanchez venceu na final a japonesa Kiyou Shimizu tornou-se a primeira campeã olímpica de karate na história. A espanhola, que foi campeã mundial em 2018, conseguiu 28,06 pontos, contra 27,88 da atleta japonesa. As medalhas de bronze foram conquistadas por Mo Sheung Grace Lau (Hong Kong) e a italiana Viviana Bottaro.

No kumite masculino -67kg o francês Steven da Costa venceu Eray Samdan da Turquia por 5x0 conquistando a medalha de ouro. O bronze ficou para Darkhan Assadilov do Cazaquistão o segundo bronze foi para Abdel Almasatfa da Jordânia.

No kumite feminino -55kg a búlgara Ivet Goranova venceu a ucraniana Anzhelika Terliuga por 5 x 1, tornando-se a primeira campeã olímpica. O bronze ficou para Bettina Plank da Austria e o segundo bronze para Tzuyun Wen do Taipei Chinês.

No dia 05 de agosto (06.08 no Japão) foi a vez do kata masculino e kumite feminino -61kg e kumite masculino -75kg.

O atleta japonês Ryo Kiyuna recebeu uma pontuação de 28,72 com isso, levou o ouro na categoria kata e seu adversário Damian Quintero da Espanha com a pontuação de 27,66 ficou com a prata. Ali Sofuogiu da Turquia e Ariel Torres dos Estados Unidos ficaram com o bronze.

No kumite feminino -61kg o ouro foi para chinesa Xiaoyan Yin que venceu por hantei para Jovana Prekovic da Sérvia. O bronze ficou para Giana Lotfy do Egito e Merve Coban da Turquia.

No kumite masculino -75kg o italiano Luigi Busa venceu Rafael Aghayev do Azerbaijão por 1x0 ficando com o ouro. Karoly Gabor Harspataki da Hungria e Stanislav Horuna da Ucrânia No dia 06 de agosto (07.08 no Japão) aconteceram as competições de kumite feminino +61 e kumite masculino +75kg. A egípcia Feryal Abdelaziz venceu por 2x0 a atleta Iryna Zaretska do Azerbaijão conquistando o ouro. As medalhas de bronze ficaram para a chinesa Li Gong e Sofya Berultseva do Cazaquistão. No kumite masculino +75kg o ouro foi para o iraniano Sajad Ganjzadeh ganhou por hansoku o atleta do Cazaquistão Tareg Hamedi. O bronze ficou para Ryutaro Araga do Japão e Ugur Aktas da Turquia. Ao todo foram 82 atletas de 36 países que tiveram seus sonhos realizados.

domingo, 8 de agosto de 2021

Presidente da WKF faz apelo para permanência do karate no programa olímpico


Representantes da World Karate Federation - WKF se reuniram com a impressa pela última vez no Centro de Imprensa Principal dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020 para avaliar o resultado da primeira aparição olímpica do esporte. A coletiva foi liderado pelo presidente da WKF, Antonio Espinós, e contou com a participação do secretário-geral da WKF, Toshihisa Nagura, e do gerente de esportes de karate em Tokyo 2020, Toshie Murata.

“Mostramos definitivamente ao mundo que o Karatê é um esporte único e demonstramos os méritos que adquirimos para nos somarmos ao programa olímpico como esporte permanente. Todos os fãs de esportes ao redor do mundo puderam desfrutar dos valores agregados que o Karatê traz para o movimento olímpico”, disse o presidente da WKF, Antonio Espinós.

A coletiva de encerramento foi uma oportunidade para refletir sobre o momento histórico da estreia olímpica do esporte.

“Quero agradecer a todos aqueles que contribuíram para chegar a este momento, desde os mestres que popularizaram a disciplina aos luminares que criaram esta organização e àqueles que trabalharam tanto para a inclusão olímpica do Karatê”, disse o secretário-geral da WKF, Toshihisa Nagura.

Nada menos que 82 competidores de 36 países, incluindo dois membros da Equipe de Refugiados do COI, participaram do evento olímpico de caratê. Dos 36 países representados, 20 nações voltaram para casa com as medalhas, com cada uma das medalhas de ouro indo para um Comitê Olímpico Nacional diferente, uma prova da popularidade e universalidade do esporte.

“Trabalhamos muito nos últimos quatro anos para tornar o evento um sucesso. Tudo o que fizemos foi pensado para os atletas. Foi muito gratificante ver suas grandes atuações ao longo de três dias. Obrigado a todos aqueles que nos apoiaram e nos ajudaram a fazer um evento fantástico”, disse o gerente do Tokyo 2020 Karate Sport Toshie Murata.

A hora de o Karatê ser um esporte olímpico permanente é agora, avalia o presidente da WKF, Antonio Espinós. O chefe do órgão internacional de gestão do Karatê expressou sua satisfação com o resultado do evento e convocou o Comitê Olímpico Internacional para reconsiderar a continuidade do Karatê no programa olímpico.

“Agora é hora de apelar à solidariedade do COI; é hora do COI mostrar um símbolo de reconhecimento ao Japão e a um esporte com tão fortes raízes japonesas; um esporte que deixou um legado mundial da cultura e tradições japonesas como resultado do sucesso do evento nos últimos três dias”, disse o presidente da WKF, Antonio Espinós. “Da mesma forma que o Karatê precisa das Olimpíadas, os Jogos Olímpicos precisam do Karatê.”

Questionado sobre os motivos da permanência do Karatê nas Olimpíadas, Espinós destacou o valor agregado que o Karatê traz para o movimento olímpico. “Estamos na melhor situação para continuar nos Jogos Olímpicos. Vamos melhorar como esporte melhor e mais rápido dentro do movimento olímpico do que fora dele. Após nosso sucesso em Tóquio, o COI deve mostrar solidariedade em considerar o Karatê como um esporte olímpico permanente”, acrescentou Espinós.

Fonte: WKF