Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, resolvir fazer esta matéria especial para descrever um pouco desta história e lembrar de algumas mulheres que mudaram e revolucionaram sua época, abrindo assim portas para nossa futura independência.
A mulher como todos nós sabemos sempre foi alvo de inúmeros preconceitos, o que não foi pouco durante séculos e mais séculos, cansadas deste tipo de discriminação elas se uniram para lutar pelos seus direitos e principalmente por respeito e igualdade entre os sexos.
Origem
A luta pelo direito da Mulher começou a partir do século XIX, através de vários protestos e manifestações e a sua dor foi ouvida por todos e isso começou a incomodar os grandes empresários. Um exemplo que talvez tenha se tornado o marco para a futura data do Dia Internacional da Mulher foi o da indústria têxtil de Nova York, onde as operárias entraram em greve ocupando a fábrica e reivindicaram melhores condições de trabalho, redução de jornada de trabalho e salário justo, e em conseqüência foram trancadas dentro da fabrica e queimadas. Esse evento foi o primeiro a causar impacto na sociedade, onde 130 operárias morreram em defesa de seus direitos.
Mas há controvérsias quanto a esta versão. Segundo a socióloga Eva Alterman Blay, coordenadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações de Gênero (Nemge) e professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), o acidente de 1857 não aconteceu. Pelo menos não na data em que é lembrado.
De acordo com Eva Blay o incêndio que se relaciona ao Dia Internacional da Mulher foi o que aconteceu no dia 25 de março de 1911, nos EUA, na Triangle Shirtwaist Company, uma fábrica têxtil que ocupava do oitavo ao décimo andar de um prédio, e que empregava 600 trabalhadores. A maioria eram mulheres imigrantes judias e italianas com idade entre 13 e 23 anos. Parte dos trabalhadores conseguiu chegar as escadas, descendo para a rua ou subindo no telhado. Outros desceram pelo elevador. Na tragédia 146 pessoas morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens. Por causa dessa tragédia foram criados novos conceitos de responsabilidade social e legislação do trabalho, tornando as condições de trabalho as melhores do mundo.
O fato é que não se sabe com precisão por que o dia 8 de março foi escolhido, mas ele se manifestou ao longo do século XX. A consagração do direito de manifestação pública veio com apoio internacional, em 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu oficialmente a data como o Dia Internacional da Mulher. Segundo a professora Maria Célia Orlato Selem, mestre em Estudos Feministas pela Universidade de Brasília e doutoranda em História Cultural pela Universidade de Campinas: "O 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado em diversos países."
Fiz uma seleção pessoal das Mulheres que mais se destacaram no Mundo.
Cleópatra VII – Rainha do Egito nascida em Alexandria, (69 – 30 a.C.) última rainha da dinastia lágida, filha de Ptolomeu XII, uma das mais fascinantes mulheres da história, que exerceu forte influência sobre os destinos de Roma, graças às relações amorosas com Júlio César e Marco Antônio. Subiu ao trono do Egito (51 a. C.).
Ela foi a mais famosa mulher da história antiga, uma das mais fascinantes mulheres de todos os tempos, e a única ptolomaica que se identificou com os egípcios e tinha a ambição de restaurar o poder faraônico e a influência de seu país sobre o resto do Mediterrâneo. Imortalizada como mulher fatal pela história e o teatro, de grande inteligência e beleza, usou de ambos os atributos para dirigir politicamente seu reino e seduzir seus adversários.
Boadicéia (cerca de 66 a.C.) – Rainha celta que liderou tribos em um levante contra as forças romanas que ocupavam a Grã-Bretanha. Dio Cassius diz de Boadicéia: "Boadicéia era alta, terrível de olhar e abençoada com uma voz poderosa. Uma cascata de cabelos vermelhos alcançava seus joelhos; usava um colar dourado composto de ornamentos, uma veste multi-colorida e sobre esta um casaco grosso preso por um broche. Carregava uma lança comprida para assustar todos os que deitassem-lhe os olhos."
Joana D' Arc – nasceu na França em 1412 e morreu em 1431. Esta heroína assumiu o comando do exército real em várias batalhas durante o reinado de Carlos VII inclusive o da Guerra dos 100 anos. Em 1430, durante uma batalha em Paris, foi ferida e capturada pelos borgonheses que a venderam para os ingleses, onde morreu na fogueira por heresia. O papa Bento XV nomeou-a santa em 1920.
Dandara (1664 a 1694) – Esposa do Zumbi dos Palmares foi uma guerreira feroz e brava defensora do quilombo. Ela participou de todos os ataques e defesas da resistência palmarina. Suicidou-se para não voltar à condição de escrava.
Catarina, A Grande (1729 -1786) – Imperatriz da Rússia modernizou seu país, reformando todos os aspectos políticos e sociais e se tornando um dos maiores nomes do despotismo esclarecido. Ela reduziu o emprego da tortura e da pena de morte na Rússia e no campo da política externa, Catarina alargou as fronteiras do Império ao anexar partes da Polônia, da qual ela participou ativamente do processo de divisão, da Ucrânia Ocidental, Lituânia e Bielorússia. Em 1783 ela anexa a Criméia fazendo com que o Império chegue ao Mar Negro. Além de ser uma fervorosa defensora das artes e da cultura.
Maria Quitéria (1792-1853) – foi uma militar brasileira heroína da Guerra da Independência. Considerada a Joana D'Arc brasileira. Vestiu-se de homem para alistar-se no exército e teve atuação de destaque em lutas importantes. Foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul. Morreu aos 61 anos no anonimato nos arredores de Salvador.
Rainha Vitória (1819 a 1901) – Grande condutora do Império Britânico no século 19, seu governo foi marcado pela revolução industrial, expansão colonial e mudanças drásticas na política, economia e cultura inglesa. Lutou pelo fim da escravidão no Império britânico e por leis que ajudaram os trabalhadores. O governo da rainha Vitória durou 64 anos e ficou conhecido como a “Era Vitoriana”
Anita Garibaldi (1821-1849) – foi companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos." Recebeu esse titulo por ter participado da revolução Farroupilha no Brasil e da batalha de Gianicolo na Itália. Ela é considerada, até hoje, uma das mulheres mais fortes e corajosas da sua época.
Indira Gandhi (1917-1984) – Filha de Jawaharlal Nehru. Foi a Primeira Ministra de seu país em duas ocasiões até seu assassinato em outubro de 1934. Estrategista e pensadora política brilhante.
Margaret Thatcher (1925) – conhecida como "Dama de Ferro" devido à linha dura de seu governo, foi a primeira mulher a chegar ao cargo de primeira-ministra da Grã-Bretanha e bateu o recorde no poder ao permanecer por 11 anos no comando.Batalhou greves, enfrentou a Argentina na Guerra das Malvinas e foi uma incansável inimiga da União Soviética e do comunismo. Após a Guerra das Malvinas (1982), foi reeleita sendo novamente nomeada Primeira Ministra da Grã-Bretanha em 1984 e permanecendo no poder até 1990.
Outras heroínas que marcaram a história do mundo:
Madre Teresa de Calcutá (Índia - de 1910 a 1997); Irmã Dulce (1914—1992); Evita Perón (1919-1952); Hipácia de Alexandria (Grécia - de 370 a 415); Mary Wollstonecraft (Inglaterra - de 1759 a 1797); Sacajawea (EUA - de 1786 a 1812); Ana Néri (Brasil - de 1814 a 1880); Florence Nightingale (Inglaterra - de 1820 a 1910); Susan B. Anthony (EUA - de 1820 a 1906); Clara Barton (EUA - de 1821 a 1912); Chiquinha Gonzaga (Brasil - de 1847 a 1935); Simone de Beauvoir (França - de 1908 a 1986); Rosa Parks (EUA - de 1913 a 2005); Leila Diniz (Brasil - de 1945 a 1972); Maria da Penha (Brasil); Zilda Arns (Brasil – 1934 a 2010); Bertha Lutz (Brasil – de 1894 a 1976); Golda Meir (Israel – de 1898 a 1978); Mary Phelps Jacob (EUA – de 1891 a 1970); Benazir Bhutto (Paquistão – de 1953 a 2007); Nefertiti (Egito); Phryne (Grécia); Agatha Christie, Angelina Jolie, Ellen Johnson Sirleaf, Maria Madalena, Maria Antonieta, Lady Diana, Olga Benário Prestes, Chica da Silva, Elizabeth I, Isabel de Castela, Carmem Miranda, Princesa Isabel, Maria Bonita, Cora Coralina, Patrícia Galvão (Pagu), Margot Fontain, Virgínia Wolf, Helena de Tróia, Maria Esther Bueno, Raquel de Queiroz, Tarsila do Amaral, Janis Joplin, Brigitte Bardot, Marina Silva. Quer saber mais sobre as mulheres mais influentes da história? Então leia o livro "100 mulheres que mudaram a história do mundo", de Gail Meyer Rolka.
Não podemos esquecer, é claro de todas as mulheres anônimas que também contribuiu e contribui para à melhora dos nossos direitos a cada dia e vencendo um ou outro preconceito que aparece, tudo isso para termos repeito e compreensão. Parabéns pela sua garra e coragem.
Fontes: Portal da Família.org; www.usp.br apud Portal Sao Francisco.com.br; Revista escola.abril.com.br
Não podemos esquecer, é claro de todas as mulheres anônimas que também contribuiu e contribui para à melhora dos nossos direitos a cada dia e vencendo um ou outro preconceito que aparece, tudo isso para termos repeito e compreensão. Parabéns pela sua garra e coragem.
Fontes: Portal da Família.org; www.usp.br apud Portal Sao Francisco.com.br; Revista escola.abril.com.br
Desejo a todas as mulheres um ótimo Dia da Mulher.
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